folhas caem de mim na neve fina que cobre a calçada
saltos ecoam no frio, além de um silêncio imanente que brota das coisas
alguns corvos alheios brincam em uma estátua complacente
raios de um sol tímido tentam cobrir arbustos nus
a fumaça dança preguiçosamente persistindo aquecer coração e mente
da chávena sobe e leva o olhar que foge e alcança milhas
[observa o rio que corre, o rio]
ausente do frio, mergulha nas águas profundas
águas tranqüilas que transbordam indecisões do momento
folhas, frios, dúvidas, tatuados em uma manhã cinzentap.s - A música é casada com o texto, é fundamental ouvi-la.