quarta-feira, setembro 30, 2009

Humana

Somos Humanos,
demasiadamente humanos,

entre a linha tênue do ser e não ser,
habitam as feras, as bestas,

na porta fechada da noite de cada um,
os desumanos atos desnudam sentimentos,
cortam a carne e deixam exposta a ferida,

corro a frente do espelho e avalio,
olhos, cabelos, boca,
tudo em seu lugar,
a metaformose mulher besta não ocorreu,

enfim, continuo humana,
demasiadamente humana,
e, totalmente desumana, em meus atos de desafeto.

Um comentário:

Helcio Maia disse...

A humanidade está, até, nos atos desafetuosos. A humanidade está na desumanidade, que a nega e a acolhe, pois o sagrado, o mais que humano, o sacramentalmente profano escolhe o amor, como linguagem e ato de fé.