segunda-feira, setembro 14, 2009

Convite a vida


Vem, da-me tua mão,
Mergulhe em meu rio,
Minhas águas são cristalinas,
Meu leito é tranqüilo,
E, te levo direto pro mar.

Vou te mostrar tesouros perdidos,
Navios fantasmas,
Sereias pra te encantar.

Vem comigo, embalo teu sono e te faço sonhar,
Sonhar acordado com fadas e duendes.

Vamos brincar de colher flores,
Passear pelo bosque,
Deitar na relva verde e sorrir para o sol.

Vem que a vida não espera,
Vamos correr pelos jardins do mundo,
Passear entre as estátuas e a hera.
Vamos brincar de pique esconde,
Entre os canteiros de rosas, jasmins e primaveras.

Vem, me ache, me encontre de mim,
Estou aqui perdida e necessito teus passos.

Venha, vamos brincar com o vento,
Que a flor nos chama e avisa,
que a vida é o agora.

Despe-me,
Retira meus véus,
Que meus sentimentos são puros.
Abraça meu corpo que tenho frio,
Faz me carinho e me leva às estrelas,
Que eu gosto de lá.

Lá longe, vê, onde Calisto virou a Ursa Maior.

Não vamos ficar parados, que a vida é breve e o tempo corre.

Anda, não chores,
Pois não te deixarei só,
Brincaremos e seguiremos juntos,
E, quando chegar à noite e estiverdes cansado,
Chamarei os anjos pra te proteger.
Não temas,
Ficarei ao teu lado e velarei teu sono,
Por toda a madrugada até o amanhecer.

Anda, que o dia já acordou,
E este nos espera,
Há parques, jardins e,
A menina na janela.

O raio de sol nos apressa,
Vamos,
Pois, eu também tenho pressa.
Tenho pressa de vida,
Tenho pressa de ti,
Tenho pressa do teu corpo em meu corpo.

Quando teus lábios me bebem,
Não sou mais eu,
Sou você perdido em mim.

Anda, me busca, me devolva a mim,
Sem minha alma, soçobro aos ventos.

Tens sede? Bebe-me,
Sou como fonte no deserto,
Leve e lúdica.

Tens fome? Come-me,
Meus frutos são maduros,
E, te prometo,
Não serás expulso do paraíso.

Vem agora, e por alguns instantes,
Repousa tua sesta em mim,
Minhas sombras são frescas, e,
Minha brisa um convite a dormir.

Ei, passou-se o instante,
Acorda-te de teu sono,
Esqueci de contar-te um segredo,

A vida pode ser perene,
Mas, eu, sempre serei,

Teu eterno poema.

5 comentários:

Andrea Douat L. Cavalcanti disse...

Eu amo esse poema! Você é muito talentosa. Não pare de escerever, viu.
Beijos

Patrícia Gonçalves disse...

Obrigada pelo estimulo! Também amo esse poema!

Moça, quanto a parar de escrever, sei não, vai depender da vida, das inspirações cotidianas e dos musos.... (rsrs)

bjs

Andrea Douat disse...

Os musos vem e vão, mas a inspiração é eterna - e vc tem de sobra, sempre (vc sabe disso). Beijo grande

Daniela disse...

Muito lindo!!! Vc é mesmo muito talentosa, amiguinha!!! Quantos dons vc tem, né?!?! aproveite todos eles! Nós agradecemos....
Mais uma vez, parabéns!

Patrícia Gonçalves disse...

Depois de ficar tanto tempo sem postar, acho que tenho o dom da preguiça.... (rsrs)