O mundo acabou
ninguém foi informado
ninguém foi informado
as luzes permaneceram acesas
as pessoas continuaram indo pra suas casas
falta alguma coisa
alguma coisa falta
e não é uma pedra no caminho
ausência maior
vazio
espaço sem limites
ausência sem matéria
empty bowl
11 comentários:
fora de nossas casas parecemos alguns zumbis... é como se fôssemos gente somente na proteção do nosso telhado.
bjsmeus
as pessoas não precisam do mundo, essa bolota reles que gira em torno delas.
que o mundo se acabe, e com ele todos os possíveis deuses que o criaram.
as pessoas continuarão indo e vindo, porque nada que importe muito aconteceu.
parirão um novo mundo, ou novos deuses criadores de mundos, se necessário for.
está tudo ali - mundos, deuses, o escambau - no fundo de seus umbigos.
E eu, ainda permaneço de olhos fechados, me procurando, me vasculhando por dentro.
Que belo, Patricia.
Meu carinho
Samara Basi
Ausência sem matéria... é um instante infinito, sinto a dor deste mundo em que versas... por sorte, temos a Poesia para nos abrigar.
Um beijo grande.
Carmen.
Aos sensíveis, sobra o sangrar. E sangrar de poesia, por que não?... Até que a ferida cicatrize e dê lugar ao verbo que pulsa, mexe, instiga e sai, rasgando o peito, atingindo quem lê.
Que bom reve-la no meu blog.
BeijooO*
Ferdnands, essa é a idéia, algumas vezes somos zumbis e nem nos damos conta do término do mundo.
beijos
Wilden, adorei!!! a bolota rodando em torno deles e no fundo de seus umbigos!
Obrigada pela visita!
beijão
Sam, essa busca é infinita e redunda em nada, porque só há o vazio.
beijos querida
Carmem, somente a poesia para dar conta desse vazio todo, dessa ausência que nem sabemos nomear.
beijos querida
Valéria, ainda bem que temos o verbo para desenhar, brincar de fazer de conta que a dor não dói tanto assim, e é só dá um beijinho que passa.
beijos querida, tava com saudade
a vida é invisível
desnuda constelação
de temporais de vidro...
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