segunda-feira, abril 18, 2011

O mundo acabou
ninguém foi informado
as luzes permaneceram acesas
as pessoas continuaram indo pra suas casas

falta alguma coisa
alguma coisa falta
e não é uma pedra no caminho

ausência maior
vazio
espaço sem limites
ausência sem matéria
empty bowl

11 comentários:

Lê Fernands disse...

fora de nossas casas parecemos alguns zumbis... é como se fôssemos gente somente na proteção do nosso telhado.



bjsmeus

Wilden Barreiro disse...

as pessoas não precisam do mundo, essa bolota reles que gira em torno delas.

que o mundo se acabe, e com ele todos os possíveis deuses que o criaram.
as pessoas continuarão indo e vindo, porque nada que importe muito aconteceu.

parirão um novo mundo, ou novos deuses criadores de mundos, se necessário for.
está tudo ali - mundos, deuses, o escambau - no fundo de seus umbigos.

Quintal de Om disse...

E eu, ainda permaneço de olhos fechados, me procurando, me vasculhando por dentro.
Que belo, Patricia.
Meu carinho
Samara Basi

carmen silvia presotto disse...

Ausência sem matéria... é um instante infinito, sinto a dor deste mundo em que versas... por sorte, temos a Poesia para nos abrigar.

Um beijo grande.

Carmen.

Valéria lima disse...

Aos sensíveis, sobra o sangrar. E sangrar de poesia, por que não?... Até que a ferida cicatrize e dê lugar ao verbo que pulsa, mexe, instiga e sai, rasgando o peito, atingindo quem lê.
Que bom reve-la no meu blog.

BeijooO*

Patrícia Gonçalves disse...

Ferdnands, essa é a idéia, algumas vezes somos zumbis e nem nos damos conta do término do mundo.

beijos

Patrícia Gonçalves disse...

Wilden, adorei!!! a bolota rodando em torno deles e no fundo de seus umbigos!


Obrigada pela visita!

beijão

Patrícia Gonçalves disse...

Sam, essa busca é infinita e redunda em nada, porque só há o vazio.

beijos querida

Patrícia Gonçalves disse...

Carmem, somente a poesia para dar conta desse vazio todo, dessa ausência que nem sabemos nomear.

beijos querida

Patrícia Gonçalves disse...

Valéria, ainda bem que temos o verbo para desenhar, brincar de fazer de conta que a dor não dói tanto assim, e é só dá um beijinho que passa.

beijos querida, tava com saudade

luiz gustavo disse...

a vida é invisível
desnuda constelação
de temporais de vidro...