Tomou um trago da bebida e olhou à volta, buscando outro olhar, seu reflexo, algum sinal de vida. Sentiu vontade de fumar, gentilmente pediu um cigarro ao bêbado, tragou fundo, fundo, melhor impossível, que se dane os pulmões ou a ameaça de câncer, queria o prazer eterno do instante, o prazer das fumaças, da névoa, do vício puro e seco, da bebida, do cigarro e, talvez, porque não, do sexo, por cima do ombro, disfarçadamente, olhou à volta novamente, não havia vida aqui, e o bêbado, bem, o bêbado não contava...
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