quarta-feira, outubro 31, 2012

Manhãs



A palavra não dita sustenta o afago

de uma manhã escrita em silêncios
Verto um olhar complacente sobre dores alheias
que se tornam eco de minhas lembranças

A linha tênue do meu sentir delimita o espaço
sagrado das sombras que caem sobre as tardes de ti

Reverencio distante o despertar do dia
trazendo a luz que aquece em mim
Matizes outonais, notas musicais
e, uma felicidade, recém descoberta
com sabor de vida.




Foto: Patricia Gonçalves - Nascer do sol em Grand Canyon.

Um comentário:

Davi Machado disse...

"A palavra não dita sustenta o afago"

parece que você começou o poema pelo fim...

interessante, parabéns.