Penso em ti de forma recorrente, os pensamentos livres e autômatos não pedem licença, se instalam e propagam emoções desconexas, sinto tua falta como uma abstinência imposta sem o propósito, o sacrifício não expia culpas, a privação dos sentidos não traz serenidade e sim a angústia da espera, talvez uma lembrança esquecida de tempos remotos que insiste na curva do teu queixo ou no som de tua risada. Muito mais que palavras na trilha sob as folhas secas, um perfume de incenso que perdura no ar, a cortina tênue não encobre os signos do tempo que se fazem presente, há na textura da pele e no sabor do teu beijo uma vaga memória que persiste em minha alma.
20 comentários:
Que loucura incomum é essa, de sentir, não importa em ausência ou presença? Que desejo em comum é esse, que nos pega na tal curva da memória, que a serenidade (dura) empurra para o fundo e a insensatez (bela) faz emergir? Não importa de quem seja ou a que endereço se dirija, mas que frescura e leveza escorrem das palavras que persistem em jorrar da sua alma.
J.H.
A cortina tênue não encobre os signos do tempo não, escrevo contigo, que dizer e que fluxo de consciência bom onde me encontro ao te ler.
Beijos Patrícia, sempre carinho, boa semana.
Carmen.
mas como ocupa espaço essa vaga memória...
beijoss
Uma espera sem nome, feita de fome antiga. Uma ausência da essência que foi confundida com perfume que o vento traz e leva. Uma leva de saudades, de verdades levadas que se escondem atrás de mentiras preguiçosas. Um chamado...pelo amado?
Talvez, por aquela criatura tão conhecida, que tão pouco se dá, por tanto temer.
Patrícia querida, tanto tempo, mas em tempo de chegar para um abraço e junto trazer votos de um Feliz Natal a ti e todos familiares e que 2012 tenhamos muitos encontros poéticos.
Carinho sempre.
Carmen.
Tudo de bom em tudo neste novo ano!
Falando de “abstinência imposta sem o propósito”, há tempos não ouço de ti.
Ou tens estado muito feliz, ou muito infeliz... ou os dois, para desapareceres assim.
De qualquer forma, aguardo por ti.
An.
Caro anônimo J.H.,
Loucura é a busca por enquadrar de forma reducionista uma história de amor dentro de uma fantasia rota.
Permitir o sentir de forma livre te leva muito além do simples sentir, te transporta para um mundo infinitamente novo.
Carmem, a cortina, na verdade, é um adorno que tremula ao vento, somente.
beijos
Prezado Helcio, foda esse temer que embota sentidos.
Oxalá, faça sol hoje!
Querido Aluisio, obrigada pelas palavras e talvez um Feliz Natal de 2012, tomara o mundo não acabe!!!
Caro anônimo, tenho andado muito feliz e muito feliz, algumas vezes os dois ao mesmo tempo, somente para variar os sentidos, rsrsr
Também aguardo por ti, seja lá quem for!
Hey, beijos e que esteja tudo bem e boa semana Patrícia!!
Carmen.
O ato-falho de repetição (“tenho andado muito feliz e muito feliz”) faz-me pensar que quando afirmamos enfaticamente algo... é porque estamos com dúvidas a respeito; será?
Faça tua hora.
An.
Qual Hidra venenosa inoculou-te o coração te roubado a alegria e emudecendo-te o verbo, fazendo-te ausente a teus leitores? A nós “amaldiçoados”, restam a esperança de reter-te entre versos e lembranças e o medo de perder-te para o abismo da ausência. Anseio por tua nova presença na esperança de libertar-me da busca de ti entre velhos textos já baços por saber-te... irreversivelmente outra.
Amada já és, permita-te amar... para o nosso bem.
An.
Querido anônimo,
Talvez a Hidra das crenças, aquela que persiste na dualidade da existência. Meu coração nao foi inoculado de veneno nem minha alegria roubada, tenho as lembranças... Não irás me perder para o abismo da ausência, já que me carregas em palavras não ditas, e, não se esqueça, somos feitos da mesma matéria!
"Loucura é a busca por enquadrar de forma reducionista uma história de amor dentro de uma fantasia rota."
Palavras duras.
Fiquei um tempo sem passar por aqui.
Só as vi hoje.
Talvez merecidas.
Desculpe os desencontros.
Quem sabe em um encontro, em que eu não falte, conversemos sobre isso.
Até.
Com carinho,
J.H.
Queridíssimo João,
Essas palavras apesar de duras somente expressam o que penso efetivamente das nossas tentativas vãs de sempre tentarmos enquadrar histórias, relacionamentos e pessoas em fantasias rotas, que inevitavelmente levarão à decepção.
Não há necessidade de desculpas moço, 2900 kms de estrada desculpam qualquer coisa!
p.s. - By the way, those words were not for you, so don´t worry! Ok?!
beijos, moço, be easy!
Ah!, o leitor... quão ingênuo...
E inteligente se acha.
Mas é isso. Ser leitor é não ter culpas. Fique tranquila.
Afinal, deixamos para ele, coitado, as interpretações... em verdade, sempre tão deles ou nossas, "os escrivinhadores".
Beijo, JH.
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