Havia sentido sua presença, como uma corça sente
instintivamente o predador. Seu hálito quente desmentia sutilezas e insinuava a
rendição inercial dos sentidos. Desejava-lhe de forma errante, sem a precisão das
latitudes ou longitudes entre sombras e ténues luzes, buscava o contorno do
prazer etéreo, a resposta ainda não dita, a simplicidade física de espasmos gerados no
avesso, reflexo instantâneo de pensamentos aleatórios carregados de sussurros inaudíveis, imaginados no esboço do traço que persiste em carícias silenciosas...
4 comentários:
Quanta inspiração! :)
Adorei!
beijosss
... hálito de caça... animalescos instintos...
Muito bom!
Beijos!
O desejo é sempre errante. Os pensamento, quando em desejo, também serão sempre aleatórios. As carícias, quase sempre, têm caminho e destino certos. Os sussurros estão por aí, perdidos... J.H.
Faltou um "S". J.H.
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