Sinto uma falta muda de ti,
meu inteiro é fracionado,
agora sou partes,
mosaico de mim,
fracionei-me quando partiu,
em meu papel personagem,
fingi-me inteira,
pra continuar,
pra caminhar,
mas, agora sou parte,
parte do ontem,
e, de um futuro jamais presente,
de uma história nunca contada,
agora, sou parte,
mas, totalmente inteira nas lembranças.
5 comentários:
Lembranças também são partes...são restos diurnos e noturnos de algo maior que deixou rastros, são ecos de confissões desvairadas, confirmadas, jamais negadas.
Somos parte, pois partimos, somos marte, pois persistimos, acariciando todas as nossas contradições, subvertendo as previsões e reafirmando o fascínio da surpresa.
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Quando os teus seios se acham engolidos pelos meus olhos, se jogam em busca do vão da porta imaginária que os aprisionam como se fossem pássaro fujão.
Viro a cara, fecho o cenho, enrubesço, mas não tiro os olhos da paisagem que faz de mim o idiota de bom gosto, que pareço.
silvioafonso
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Presença que não fala. Algazarra
de quietude. Silêncio que parte em
dois, dez, cinquenta, mil. Pedaços
do tempo, mosaico inteiro, futuro
senil.
Quando partiste, partiste com a tua
ida a minha alma inteira. Meia
pessoa, um terço de gente, mulher
meio menina, pingo de gente, aranha
presa na teia...
silvioafonso
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Anônimo, não vejo a hora de te ler no seu blog.
Lindo o que você escreveu.
Silvio, que lindo seu poema
...quando partiste, partiste com a tua ida a minha alma inteira...
Obrigada pelo presente e pela visita!
P.S - seu primeiro comentário me remeteu a poema meu chamado guardiã, depois o leia
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