Vem, da-me tua mão,
Mergulhe em meu rio,
Minhas águas são cristalinas,
Meu leito é tranqüilo,
E, te levo direto pro mar.
Vou te mostrar tesouros perdidos,
Navios fantasmas,
Sereias pra te encantar.
Vem comigo, embalo teu sono e te faço sonhar,
Sonhar acordado com fadas e duendes.
Vamos brincar de colher flores,
Passear pelo bosque,
Deitar na relva verde e sorrir para o sol.
Vem que a vida não espera,
Vamos correr pelos jardins do mundo,
Passear entre as estátuas e a hera.
Vamos brincar de pique esconde,
Entre os canteiros de rosas, jasmins e primaveras.
Vem, me ache, me encontre de mim,
Estou aqui perdida e necessito teus passos.
Venha, vamos brincar com o vento,
Que a flor nos chama e avisa,
que a vida é o agora.
Despe-me,
Retira meus véus,
Que meus sentimentos são puros.
Abraça meu corpo que tenho frio,
Faz me carinho e me leva às estrelas,
Que eu gosto de lá.
Lá longe, vê, onde Calisto virou a Ursa Maior.
Não vamos ficar parados, que a vida é breve e o tempo corre.
Anda, não chores,
Pois não te deixarei só,
Brincaremos e seguiremos juntos,
E, quando chegar à noite e estiverdes cansado,
Chamarei os anjos pra te proteger.
Não temas,
Ficarei ao teu lado e velarei teu sono,
Por toda a madrugada até o amanhecer.
Anda, que o dia já acordou,
E este nos espera,
Há parques, jardins e,
A menina na janela.
O raio de sol nos apressa,
Vamos,
Pois, eu também tenho pressa.
Tenho pressa de vida,
Tenho pressa de ti,
Tenho pressa do teu corpo em meu corpo.
Quando teus lábios me bebem,
Não sou mais eu,
Sou você perdido em mim.
Anda, me busca, me devolva a mim,
Sem minha alma, soçobro aos ventos.
Tens sede? Bebe-me,
Sou como fonte no deserto,
Leve e lúdica.
Tens fome? Come-me,
Meus frutos são maduros,
E, te prometo,
Não serás expulso do paraíso.
Vem agora, e por alguns instantes,
Repousa tua sesta em mim,
Minhas sombras são frescas, e,
Minha brisa um convite a dormir.
Ei, passou-se o instante,
Acorda-te de teu sono,
Esqueci de contar-te um segredo,
A vida pode ser perene,
Mas, eu, sempre serei,
Teu eterno poema.
Escrevi esse poema no inicio do blog, estou reeditando-o, pois me sinto assim hoje! Após um período de lembranças e reluto, quero fazer um convite a vida!
Vamos vivê-la, apesar dos nossos vários eus, culpas e temores. Vida, que te quero viva, pulsante, intensa, ardente, cheia de cores e sabores!
8 comentários:
Olá! Saudades de você. Há muito não te vejo, não te aperto. Seus versos estão ficando cada vez mais eroticos. Bom, isso é bom. Mandarei por e-mail meus comentários criticos, aquilo que faço de melhor,já que considero construtivo no mais amplo significado da palavra. BEIJO.
Oi Zé, tb com saudade. Pouca vergonha, querer me apertar, sempre querendo tirar casquinha rsrsr.
Cara, meus versos não estão mais eróticos, até a semana passada estavam melancólicos.
Aguardarei seu email com as críticas.
beijão
O erotismo não está nos versos, muito menos reversos. O reluto passou por você, convidando à viagem para dentro, e você, sabiamente,como soe acontecer, relutou em acreditar no não e beijou a vida, como só você sabe beijar.
Juntemos os eus, os seus,os nossos, sem remorsos e pulsemos, ardamos, vivamos a melodia imortal da esperança e do encanto de acreditar na possibilidade de ser feliz, driblando culpas e temores.
Aiii Patricia...como a gente se encontra as vezes em uma postagem né? me encontrei aqui..ô minha amiga, como voce escreve lindamente...é de arrepiar.
Realmente:
"Vida, que te quero viva"
Um grande abraço, e um fim de semana lindooo!
Ah, Sil, obrigada, seus elogios fazem um bem danado pra mim, e seu blog faz bem pra minha alma.
bj
anônimo, como sempre lindas palavras, vamos seguir a risca suas palavras, a vida vai ser tão melhor!
bj
Quanta vida que corre e escorre por aqui... E o amor ainda é o maior presente com que ela nos brinda, né? Que saibamos aproveitar cada segundo único. E ser, re-ser poesia sempre!
Beijoca
é reluto com meus re-lutos....mas o poema pra vida merece ser lido todo dia.
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