Quando escrevi o poema abaixo, eu havia recebido um conto de uma amigo que falava de corvos. Quando estive em Viena fiquei apaixonada pelos corvos nos parques, pelas árvores secas sem folhas, pelo inverno... O email desse amigo tinha o título de Corvos e Girassóis, por conta de um quadro meu chamado girassóis e, obviamente, por conta de seu conto. Imediatamente me remeteu a Van Gogh, e me deu uma vontade louca de escrever. Fui contaminada pela compulsão de Van Gogh, e desde então tenho escrito bastante. Escrito sentimentos, emoções soltas, palavras borradas no papel e, agora, na telinha. Espero que gostem, se sensibilizem, e parem, nem que seja por um segundo, para sentir. Sentir o ar, a flor, o céu azul, a vida...
Céu azul,
Transcendência do ser,
Limites, emoções, razão
à ausência de culpas e crenças
o ser mais leve flutua,
“Insustentável leveza do ser”
Os girassóis à volta
Bailam o momento,
Tempo de vida.
Um mundo de corvos
fugidos de outro quadro talvez,
pintam o céu,
revoam sobre as flores,
grasnam a solidão,
o frio do inverno,
o frio da vida...
Sentimentos que mesclam,
Lucidez e loucura
Vida e morte
Amor e dor
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