Cada palavra era como beijo suave, adejar de borboleta pós chuva fresca em manhãs primaveris.
Buscava-a, como quem busca furtivo uma droga, se esgueirava sorrateiro atrás de sombras e, talvez, uma culpa. Resistia à possibilidade de tê-la perdido, embora nunca a tivesse. No entanto, guardava um segredo, entre poesias, vinhos e desejos, vislumbrara sua alma nua, e agora, a mantinha aprisionada em lembranças, essas que voltavam intermitentes para assombrá-lo.
E, como em um pacto, foram ambos amaldiçoados, por palavras e lembranças, a se buscarem...
Buscava-a, como quem busca furtivo uma droga, se esgueirava sorrateiro atrás de sombras e, talvez, uma culpa. Resistia à possibilidade de tê-la perdido, embora nunca a tivesse. No entanto, guardava um segredo, entre poesias, vinhos e desejos, vislumbrara sua alma nua, e agora, a mantinha aprisionada em lembranças, essas que voltavam intermitentes para assombrá-lo.
E, como em um pacto, foram ambos amaldiçoados, por palavras e lembranças, a se buscarem...
12 comentários:
Acho que isso acontece mesmo, a busca inconsciente de uma culpa, de algo que se interponha entre o desejante e o desejo, um muro invisível, feito de possibilidades que se disfarçam em impossibilidades, proximidades transformadas artificialmente em distâncias, calor trocado por frio, vinho por um cálice vazio.
E a busca absurda arrasta-se como corrente de um fantasma recorrente que, de tão familiar, já nem assusta mais.
Sei lá! acho que assusta sempre...
Adorei o texto.
Um beijo grande
Querida amiga
As vezes
o que mais nos
dá medo,
são as lembranças
que possuem vida
própria em nós.
Que os sonhos te habitem
o coração, sempre...
Oi, Pat, muita saudade daqui, ando meio perdida de muitos blogs amigos, como este.
Beijo beijo e vamos nos ver, tá?
Muito bom...simples, curto e carregado!
[]s
As nuanças de um assombro: afetos desencontrados, mesmo que percorram o mesmo caminho.
Altamente poético, com suas borboletas adejantes!
Helcio, concordo com você, há sim um objeto que se interpõe entre o desejante e o desejo, e como em um ato falho esse vem disfarçado lindamente de uma leve sabotagem. Mas, ao longo nos distraímos e nem percebemos que o fantasma é um amálgama de eus perdidos e fantasias, e como em um filme de realismo fantástico a imagem refletida é a nossa.
bjs
Paulo, fantasmas assustam...
Obrigada!
Beijo grande, querido
Aluisio, querido amigo, é isso, as lembranças ficam como provas de um crime.
bjs
Dade, que bom vê-la aqui, todos nos perdemos um pouco nesse mundo grande!
Beijos, vamos nos ver sim!
Rafael, que bom, algumas vezes não precisamos de muitas palavras!
bjs
Wilson, gostei das nuanças do assombro, resumiste bem!!!
beijos
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