Saiu correndo que nem louca depois que o vento passou. Este tinha acabado de fazer-lhe um convite para visitar umas terras distantes, só pediu um tempinho para pegar um gloss e pente, se bem que não penteava cabelo, agora de gloss ela gostava, só pra ficar com os labios brilhando como se tivesse comido pão com manteiga, daquelas bem fresquinhas. Sorriu e olhou paras as árvores, o vento disse que ia fazer uma coisinha e voltava rapidinho, precisava somente dar um recado sei lá pra quem e onde, não prestou muita atenção, porque estava com a cabeça nas nuvens e no passeio. Quando o vento chegou, foi tão rápido que levantou-lhe a saia mostrando as calcinhas, da próxima vez tinha que lembrar de colocar um short ou calça. Se bem que para passear com o vento não precisava ser comportada, e ela odiava ser comportada, como também bala de anis. Agora do vento, ela gostava, na verdade, tinha uma paixãozinha secreta por ele, deus como era lindo e livre, além de ser louco. Sentiu um friozinho na barriga, mas pegou na mão do vento e foi voando por aí, foi vista lá em Granada, feliz, comendo doce de amêndoas e se lambuzando de açúcar.
5 comentários:
Olá, Patrícia!
Que encanto de texto!
Leve como pluma...
Lindo demais!
Encantou-me...
Abraço cheio de gratidão pela sua visita!
Que delícia esse vento que nos leva a passear!Linda prosa poética,Patricia!Bjs,
uau, viajei com vc. senti o gosto da amêndoa, o vento...
Que bom este passeio com o vento... assim vamos gostar de ventanias.(rs!)
Um beijo Patrícia, bom final de semana.
Carmen.
Que bonito andar de mãos dadas com o vento :)
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