Estava eu no café da manhã conversando com meu filho de nove anos sobre sua paixão não correspondida na escola.
- Mãe, a Julinha me pede beijos na bochecha...
- É mesmo, Thomaz? e você dá?
- Dou. Eu já assumi que gosto dela.
- E ela, gosta de você?
- Não, ela disse que não, mas no recreio vive correndo atrás de mim e coloca a mão em mim o tempo todo, mesmo assim, ela fala que não gosta de mim!
Fiquei com peninha dele, e tentei ensinar-lhe o que fazer, o que funciona com as mulheres, mas ele muito sério disse:
- Mamãe não adianta, não se fazem mais mulheres como antigamente! Não tive o que dizer, e escondendo o riso acabei concordando com ele, é, não se fazem mais crianças como antigamente!
8 comentários:
adoro esses causos! =)
Um beijo!
rsrsrsrrrs...formidável!!! Crianças são uns serezinhos fantásticos.
Adorei a história. Acho que juntando alguns desses diálogos entre mães e filhos, dá pra escrever um livro absolutamente surpreendente!
Um domingo maravilhoso pra vc.
Beijos.
Mundo novo. Permanecem, no entanto, extraordinárias as crianças e mulheres.
crianças sempre dão ótmos contos de presente assim!
hahaha... Que graça, gente. Ri pelo genuíno, mas senti a dor profunda dele, oum...
Beijos.
hahahahahha, perfeitooooo!
Abraços Pat!
Espontâneo! Lindo! Cotidiano!
Thomaz sabe das coisas.
Pus-me a pensar sobre o ensinamento dele...em verdade, nos digo: atualmente, os amores raramente envelhecem, eles podem tornar-se obsoletos, serem trocados por novas versões, embalagens pirotécnicas, mais ou menos caros, menos raros, tão iguais, tão normais. "é tão normal ter desamor, é tão cafona sofredor, que eu já nem sei se é meninice ou cafonice o meu amor..."
Antonio Carlos e Jocafi (também, do túnel do tempo, lá do "antigamente").
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