o carro em movimento
cruza sinais, ruas, esquinas
a noite se incipienta
no rádio toca uma balada em notas altas e cinzas
notas escuras feito a noite e o vazio
balada que fala de amores perdidos
de dores, de desejos, do ontem, do hoje e de um futuro
me deixo levar pelas notas
me deixo levar pelo vento
me deixo levar pelo momento
momento de doce abandono
bailarina na sala ao lado
praticando no silencio
embalada por memória
música do ontem
que envolve e cobre
feito véu de seda
que escorrega e desnuda
despida me apresento
tão pura e tão nua
e, me ofereço
em sacrifício, de vida
ser
recém nascido
sem máculas
inocente, leve e transparente
o que sinto, o que sou
não explica a angústia do momento
nem traduz a angústia da horas
tempo passado e tempo futuro
não convergem para tempo presente
convergem para um não viver do agora
impermanência dos sentidos e,
um querer eternizado de existência.
6 comentários:
Patricia...
Eternizar a existência,
vivendo entre o sonho e o desejo, entre a palavra e o poema,
entre as mãos e a caricia,
como se tudo fosse infinito!!!
Beijos
AL
Patricia...
Eternizar a existência,
vivendo entre o sonho e o desejo, entre a palavra e o poema,
entre as mãos e a caricia,
como se tudo fosse infinito!!!
Beijos
AL
Oi, Patrícia!
Que boa surpresa esse blog, sua poesia tão espontânea!
Beijo beijo pra você.
A.S,
Sim, eternizar o momento, onde a névoa fria acolhe, onde toco cores, me visto com palavras e bebo a lua, e me deixo infinitar por um passo errante que busca sempre.
beijo
Moça,
Surpresa fiquei eu com seu blog lindo, poesia pura.
P.S. que bom que essas dimensões paralelas virtuais convergem para um mundo tão pequenino onde podemos encontrar nossos afins.
beijão
...notas escuras, feito a noite...
e o vazio
vazio cheio de vazios,
silêncio cheio de gritos
coração cheio de lamentos
mas a noite é cheia de estrelas
e elas iluminam caminhos...
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