Cristina prosseguiu em sua inspeção com um sorriso tranquilo no rosto, o tipo de sorriso que é dado a animaizinhos e crianças feridas. Não queria assustá-lo. Internamente, estava rindo da situação. Sempre se divertia com aquele ar de desconfiança do outro, de alguem que perdeu a informação não dada e, o principal, dúvidas sobre sua sanidade. Balançou a cabeça, afastou a distração e voltou a concentrar-se no moço, pobre coitado, estava realmente com dor.
- Você quer ficar melhor ou não? É sua escolha?
André abriu os olhos e considerou. Momentaneamente os havia fechado, como a perceber o que seu corpo poderia estar falando para aquela moça, na verdade, o que poderia estar falando de toda a situação. Seu corpo fala? Já havia lido e ouvido alguma coisa a respeito, mas nunca parou seriamente para pensar no assunto. Pensando agora, gostaria de saber o que poderia ter sido efetivamente dito. Seu corpo teria falado sobre a solidao que lhe varria a alma, seus 55 anos recem completados, seus casos fortuitos. Não. Seu corpo era mudo, pelo menos para ele.
- E aí? Cristina agora, estava olhando diretamente para ele como se aguardasse a resposta, não mais o mero reflexo muscular do corpo, mas um pronunciamento verbal, articulado.
Inicialmente, André se sentiu meio desconfortavel com o olhar insistente da moça bonita e com o contato estranho e intimo daqueles dedos inquisidores a segurar seu pulso. No entanto, em algum lugar entre o canto esquerdo da boca da moça e a dor que lhe consumia o joelho perdeu-se, resolveu relaxar e se entregou.
_ O que preciso fazer? Inspirou, foi buscar lá dentro a respiração, como se o trabalho de se entregar fosse deveras pesado.
_ Nada. Disse de forma enfática Cristina. _ simplesmente fique deitado de forma mais relaxada possivel e confie em mim, essa técnica é muito simples, seu corpo diz o que está errado e o que precisa ser feito para se restabelecer o equilibrio, sou uma mera facilitadora.
Andre assentiu silenciosamente, reclinou e esperou. Cristina sentou-se ao seu lado na cama e voltou a pegar seu braço. Deu um breve sorriso.
_ O que é? Perguntou André, curioso, ante a possibilidade de ficar de fora de uma piada entre a mulher e seu próprio corpo.
_ Nada, é que seu corpo, embora não me conheça, me deu permissão para trabalhar, diferentemente de você, ele confiou em mim, de cara.
André, nada disse, não compartilhando da piada, continou mudo, esperando que seu corpo, também, assim o fizesse. Na esperança muda da mulher terminar, sabe se lá o que estava fazendo, e então ir embora, e ser deixado a sós com sua solidão e seu joelho.
- Você quer ficar melhor ou não? É sua escolha?
André abriu os olhos e considerou. Momentaneamente os havia fechado, como a perceber o que seu corpo poderia estar falando para aquela moça, na verdade, o que poderia estar falando de toda a situação. Seu corpo fala? Já havia lido e ouvido alguma coisa a respeito, mas nunca parou seriamente para pensar no assunto. Pensando agora, gostaria de saber o que poderia ter sido efetivamente dito. Seu corpo teria falado sobre a solidao que lhe varria a alma, seus 55 anos recem completados, seus casos fortuitos. Não. Seu corpo era mudo, pelo menos para ele.
- E aí? Cristina agora, estava olhando diretamente para ele como se aguardasse a resposta, não mais o mero reflexo muscular do corpo, mas um pronunciamento verbal, articulado.
Inicialmente, André se sentiu meio desconfortavel com o olhar insistente da moça bonita e com o contato estranho e intimo daqueles dedos inquisidores a segurar seu pulso. No entanto, em algum lugar entre o canto esquerdo da boca da moça e a dor que lhe consumia o joelho perdeu-se, resolveu relaxar e se entregou.
_ O que preciso fazer? Inspirou, foi buscar lá dentro a respiração, como se o trabalho de se entregar fosse deveras pesado.
_ Nada. Disse de forma enfática Cristina. _ simplesmente fique deitado de forma mais relaxada possivel e confie em mim, essa técnica é muito simples, seu corpo diz o que está errado e o que precisa ser feito para se restabelecer o equilibrio, sou uma mera facilitadora.
Andre assentiu silenciosamente, reclinou e esperou. Cristina sentou-se ao seu lado na cama e voltou a pegar seu braço. Deu um breve sorriso.
_ O que é? Perguntou André, curioso, ante a possibilidade de ficar de fora de uma piada entre a mulher e seu próprio corpo.
_ Nada, é que seu corpo, embora não me conheça, me deu permissão para trabalhar, diferentemente de você, ele confiou em mim, de cara.
André, nada disse, não compartilhando da piada, continou mudo, esperando que seu corpo, também, assim o fizesse. Na esperança muda da mulher terminar, sabe se lá o que estava fazendo, e então ir embora, e ser deixado a sós com sua solidão e seu joelho.
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